[UM AMOR] O diário de Débora na minha adolescência
Alô, galerinha!
Esse post é uma resenha, mas também uma carta de amor ao livro que eu mais li na vida: O diário de Débora [1 e 2], da fofa Liliane Prata.
Minha história com esse livro é simples: lá com meus 11 anos, passeando por uma livraria qualquer, vi um livro que me chamou atenção pela capa colorida e resolvi comprar! Eu não estava preparada para me apaixonar completamente pela loucura que é a vida da Débora.
Em O Diário de Débora, uma garota de 15 anos registra um ano (e que ano!) de sua vida. Nas páginas de seu diário, Débora conta em detalhes suas experiências, aliás, experiências muito parecidas com as aquelas vividas por todas as adolescentes: Débora fica com vários garotos, está indecisa - e um pouco ansiosa - em relação à perda da virgindade, chora por causa das espinhas, se descabela - literalmente - para manter o cabelo lisinho, vive pendurada ao telefone, estuda mas prefere estar com as amigas, e sofre com a incompreensão dos pais! Todas as meninas vão se "enxergar" nas páginas desse diário.
A Débora é um amontoadinho de todas nós nessa idade: dramática, insegura e inconstante; e eu a amava por isso! A cada página eu me identificava com os domingos em que ela não fazia absolutamente nada, o modo como ela passava do ódio para o amor de um dia para o outro, o jeito que ela achava de negociar e conseguir o que queria com os pais, as brigas com a irmã... Tem TANTA coisa! A leitura era fácil e envolvente e eu não conseguia parar de ler.
A Liliane escreve de um jeito tão... gente como a gente, sabe? E não falo isso no sentido de que qualquer um poderia fazer o que ela faz com esse livro. Não. Falo isso, pois em cada palavra, em cada frase da Débora, nós nos vemos lá, espelhados naquelas páginas.
O diário de Débora me fazia rir, me divertia nos dias tediosos de aula e, agora, quando mais velha, me tira do meu mundinho de complicações universitárias para me lembrar como é louco e bom ser adolescente.
Tem romance, situações cômicas, momentos dramáticos... O Diário de Débora é simplesmente maravilhoso! E o romance? É uma fofura! A gente fica querendo entender os sinais do Felipe, torcemos pelos dois e ficamos rindo do desespero da Débora, que muitas vezes é irracional, HAHA.
Outra coisa que sempre amei na Débora: ela é ousada! Eu sempre fui muito tímida, daquelas que ficava igual um pimentão na hora de conversar com um garoto, e eu admirava o jeito que ela falava o que dava na telha e ia atrás do que queria. A bichinha podia até se arrepender depois, mas ela não se limitava, sabe? E eu ficava maravilhada com aquilo. Um lembrete para mim que, às vezes, a gente só tem que parar de analisar demais e se arriscar um pouquinho.
Além disso, todas as relações nos livros são super reais, meio como a nossa vida, sabe? A relação dela com os pais, com a irmã, com o colégio, com as amigas... A sua vida é cheia de acontecimentos, mas nada mirabolante: só coisas comuns da vida de qualquer adolescente.
Eu achava que nada podia superar meu amor por esse livro, até que a Capricho lançou a continuação: O diário de Débora 2, Feliz ano-novo! Então, mais uma vez devorei o livro em um dia e entrei num ciclo vicioso de reler as loucuras da Débora. Eu achava um privilégio poder acompanhar mais um ano da sua vida e vê-la errando, acertando, se descobrindo... Era como uma carta da Liliane para nós leitores dizendo: ei, fica calma(o) que tudo se ajeita, ok?
Eu acho que vou parar por aqui, pois estou ficando muito melosa!! Não contei nenhum spoiler, já que esse não era meu objetivo. Só realmente queria compartilhar como esses dois livros impactaram minha adolescência e têm, até hoje, um lugar especial na minha estante. Eu tenho tanto orgulho de ter "esbarrado" com eles na minha vida... A Débora [e a Liliane] me ensinaram muita coisa, mesmo eu não percebendo na época. Sou só amores para esses livros e, de tempos em tempos, ainda me pego deitando na minha cama numa tarde qualquer e relendo as páginas já tão familiares.
E vocês? Qual livro marcou a adolescência de vocês?