[RESENHA] Trono de Vidro, Sarah J. Maas
Nas sombrias e sujas minas de sal de Endovier, uma jovem de 18 anos está cumprindo sua sentença. Celaena é uma assassina, e a melhor de Adarlan. Aprisionada e fraca, ela está quase perdendo as esperanças quando recebe uma proposta. Terá de volta sua liberdade se representar o príncipe de Adarlan em uma competição, lutando contra os mais habilidosos assassinos e larápios do reino. Endovier é uma sentença de morte, e cada duelo em Adarlan será para viver ou morrer. Mas se o preço é ser livre, ela está disposta a tudo.
Título: Trono de Vidro | Título original: Throne of Glass
Número de páginas: 390
Autor(a): Sarah J. Maas
Editora: Galera Record
Celaena Sardothien é a assassina mais famosa de Adarlan. Após ser traída, ela é enviada para as minas de sal de Endovier, onde se torna prisioneira. Inesperadamente, no entanto, Celaena recebe uma proposta do príncipe herdeiro, Dorian: ela poderá ganhar sua liberdade se aceitar participar de um torneio promovido pelo Rei, onde os maiores assassinos de Erilea precisarão lutar entre si e, o ganhador, será o Assassino do Rei.
Na busca pela sobrevivência, e focada em ganhar sua liberdade, Celaena se aproxima do Chefe da Guarda Real, Chaol, que passa a lhe treinar diariamente para o torneio. Os dois começam a se aproximar e, vendo que têm mais em comum do que o esperado, criam uma amizade improvável. Celaena se vê também envolvida constantemente em situações românticas com o Príncipe, que parece cada vez mais interessado. E é no meio de tudo isso que ela começa a perceber que há forças malignas no Castelo de Vidro e que ela precisará derrotá-las se quiser sobreviver até o fim do torneio.
Eu gostei bastante da escrita da Sarah. A leitura do livro foi uma indicação de uma grande amiga, então as expectativas estavam altas. Os primeiros capítulos demoraram para prender minha atenção, no entanto. Levou um tempo até que eu começasse a realmente ficar curiosa sobre o rumo que as coisas estavam tomando. Independente disso, não dá para negar que a Celaena é uma protagonista digna de aplausos HAHA. Ela é forte, determinada e, ainda assim, não é perfeita. Ela tem seus medos, inseguranças e fraquezas - o que só a torna, a meu ver, ainda mais incrível. Gosto quando o protagonista tem uma personalidade forte, mas não é invencível.
Alguns personagens secundários também são bem interessantes. Gostei especialmente da Neemia, Princesa de Eylewe, que vira hóspede no Castelo de Vidro e se torna amiga da assassina. Ela é uma incógnita na maior parte do livro, então nossa vontade de entendê-la melhor é crescente. Outra personagem feminina forte e que cativa o leitor. Dos homens, o que mais gostei foi o Chaol. Ele é aquele personagem que tem inúmeras nuances... eu ficava doida para saber tudo sobre ele logo, e isso só me estimulou ainda mais a ler a sequência.
Quanto ao desenvolvimento da trama, fiquei um pouco decepcionada. As coisas mais importantes levam um tempo para se desenvolver e eu achei que a autora gastou tempo demais com um triângulo amoroso desnecessário, por exemplo. O envolvimento da assassina com o Dorian é tão... sem sal e previsível. Cenas e mais cenas que simplesmente não prendiam minha atenção. Eu queria cenas mais elaboradas da competição (que em alguns momentos pareciam simplórias demais), dos treinamentos, da Celaena com outros competidores (como o Nox, por exemplo)... No meio de tudo, acho que essas questões não receberam a atenção que eu estava esperando. Devo dizer, no entanto, que o desenvolvimento da Celaena na história foi feito de forma muito satisfatória!
Resumindo, Trono de Vidro conseguiu me agradar o suficiente para me deixar curiosa sobre a continuação. Definitivamente quero descobrir mais sobre a Celaena e Erilea. No fim, o mundo que a Sarah J. Maas criou tem MUITO potencial para ser épico! Não acho que esse primeiro livro conseguiu mostrar tudo que poderia, mas considerando que a saga ainda tem mais 6 livros, acredito que a Sarah poderá me surpreender nos próximos.
Troféu personagem favorito: Princesa Neemia. Vocês entenderão após ler! Queria entrar na história e abraçá-la por ser tão FODA.
NOTA